quarta-feira, 30 de maio de 2012

Fugindo de Computadores com Margaret Kilgallen


Margaret Kilgallen (1967-2001) foi uma artista norte-americana que, apesar da tendência do nosso tempo, teve o costume de trabalhar sem ajuda alguma de um computador. De acordo com ela, o atrativo nas coisas (independente de quais sejam) é a evidência da mão humana. No documentário “Beautiful Losers”, de Aaron Rose, Kilgallen declarou que “Eu passo muito tempo tentando aperfeiçoar as minhas linhas e a minha mão, mas a minha mão sempre será imperfeita porque ela é humana. Se eu estou desenhando letras muito grandes e gasto muito tempo pintando a mesma linha várias e várias vezes para que fique reto, eu nunca serei capaz de deixar reto. De longe, a linha pode até parecer reta, mas, quando você se aproxima, sempre será possível ver ela se retorcer - e eu acho que a beleza está nisso.” Esta forma trabalhosa de produzir, entretanto, jamais atrapalhou a artista a criar murais e quadros enormes.

Margaret Kilgallen sofreu muita influência da arte folk e mexicana, usando tons quentes e pastéis. Tudo que produziu possui certo ambiente de “cotidiano de gente comum”: desenhava pessoas descalças, animais domésticos, árvores que se vê em qualquer quintal... Dizia que, nas cidades grandes, detalhes e pessoas se perdem, assim como o costume de observá-los. Ela, entretanto, afirmava ainda observar todas as “pequeninices” e possuir certo afeto por elas. Era também artista urbana – enfeitava cidades com grafites e tinha uma grande paixão em desenhar paredes de trens.
No fim, Kilgallen provou, em seu trabalho e sua vida, que ainda é possível fugir de programas de computador e achar beleza no imperfeito e no comum. Sua arte nos mostra o lado rústico existente, apesar de raro, do nosso contexto.

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postei ouvindo: That's What's Up - Edward Sharpe & The Magnetic Zeroes


Postado por Lígia

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Compadre Washington

Compadre Washington Calma, não trata-se do vocalista (?) do É O Tchan, e sim de um dos maiores publicitários brasileiros: Washington Olivetto. Desertor do ensino superior, vencedor de cerca de 50, sim, cinquenta Leões de Ouro em Cannes, autor de inúmeras peças publicitárias memoráveis, como o "Primeiro
Sutiã":
   

 A série de comerciais do Bombril e
   

 "Hitler" (esse você já deve ter visto através dos compartilhamentos do seu amigo cult do Facebook)  

 e proprietário de uma das maiores agências nacionais - W/McCan, Olivetto marcou a propaganda brasileira. Se é preciso diploma para criar peças geniais, não cabe a mim julgar, mas aqui vai, um dos meus
 comerciais favoritos de sua autoria: 

   

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 Escrevi ouvindo Segura o Tch… Brincadeira:  
 Lost At Sea - NeverShoutNever


Postado por Lana

sábado, 26 de maio de 2012

Desenhos à mão (e agulha)

Quem me segue no Pinterest sabe da minha admiração por ilustrações feitas com aquarela; se você estiver entediado no Facebook e resolver me "stalkear", vai descobrir que eu curto todas as ilustrações do Fab Ciraolo. Mas se você me conhece pessoalmente, ou pelo menos viu um caderno meu, deve saber que eu tenho um pézinho na Feira Hippie e sou metida a fazer artesanato. Por isso, quando pensei nesse post sobre ilustrações, abandonei minhas outras preferências e decidi falar de Lauren DiCioccio, uma artista que faz ilustrações manualmente. Não, eu não estou falando de desenho à lápis. 

A artista americana borda fotos, capaz de revistas e jornais, itens descartáveis, como sacolas plásticas e, recentemente, lançou um projeto para que pessoas bordassem cartas para soldados no Afeganistão, o "Dear Soldier". 













A proposta de Lauren DiCioccio é utilizar objetos do nosso dia-a-dia que estão obsoletos, mídias que estão se tornando virtuais e trazê-los de volta ao contato físico. Lauren faz o caminho contrário do progresso: torna tangível aquilo que, devido às inovações tecnológicas, ficou "invisível" e intocável.


Postei ouvindo:



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Postado por Júlia

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Experimentação Tipográfica

O designer Reza Ali postou em seu site diversas tipografias experimentais de sua autoria. O trabalho é feito através da linguagem Processing. Usando cores, sons, simulações e algoritmos simples, Reza cria inúmeros estilos tipográficos, planos e em três dimensões. Os cinco experimentos mostrados pelo artista geram um número quase infinito de estilos tipográficos. Com códigos simples, criatividade e experimentação é possível criar belas artes tipográficas, que fogem do comum e são absolutamente únicas.


Primeiro experimento: reação com áudio  
Segundo experimento: campos fluídos para empurrar partículas



Terceiro experimento: mistura dos dois primeiros, acrescentando comportamento às partículas  
Quarto experimento: dar às partículas uma missão através de regras simples


Quinto experimento: espaço 3D para fazer uma malha como grade de partículas

Mais imagens e detalhes podem ser vistos no site de Reza Ali.

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Postado por Awa.

domingo, 20 de maio de 2012

A magia do cinema (a.k.a: Chroma Key)

Você já parou pra pensar como deve ser complicado filmar uma cena desses filmes de Hollywood, no meio da times square? Imagine só organizar mais de mil figurantes, toda a luz do local, impedir o trânsito de carros e de pessoas, tudo isso por várias horas de um local que está sempre (literalmente sempre) muito movimentado.

Pois é, um baita dum trabalhão e um dinheiro pra lá de Hollywood... Seria dificil assim, não fosse por um pequeno detalhe: Não é assim.

Caso você tenha amor pelo cinema e sinta-se levado a um universo mágico nos filmes, pare de ler esse post agora. É sério. Não to brincando, vai ser igual o dia em que você descobriu que papai noel não existe (peço perdão se você ainda não sabia, agora serão duas surpresas estragadas).






Essa técnica é chamada Chroma Key, o popular "Fundo verde" e consiste em uma ferramente bem simples na verdade. Basta você pegar um fundo liso de qualquer cor (não precisa ser nem perto de verde) e filmar o que você deseja. Depois, utilizando a ferramenta dos programas de edição chamada Chromakey, você vai selecionar uma cor na tela e o programa removerá automaticamente tudo o que for da mesma cor. Assim, o fundo sendo todo igual, poderá ser todo removido e consequentemente você conseguirá colocar o que quiser atrás.

Ah é, o motivo pelo qual os fundos geralmente são verdes, é porque é uma cor clara que não absorve muita luz do ambiente e, principalmente, porque é mais dificil de ser encontrada nos personagens. Já imaginou um fundo vermelho? Qualquer cena de sangue desapareceria totalmente.

Bom, tudo explicado, agora vamos estragar a graça de vez:




Se acha que é mentira faça o teste: Veja o vídeo de novo e tente encontrar qualquer objeto na tela que seja da cor do fundo verde.

Agora, tente por você mesmo! Baixe um programa de edição como o Adobe Premiere ou o Sony Vegas (pode ser a versão de teste), pegue um lençol de cor lisa e filme o que quiser com o lençol de fundo. Depois, jogue as imagens no programa e procure pela ferramenta chroma key. 

Espero ter ajudado!

Postei escutando:







quarta-feira, 16 de maio de 2012

Cinemagraph™

No geral, os gif são bem divertidinhos, mas é raro encontrar um realmente bonito e bem feito. Percebendo isto, dois caras insanos e apaixonados por fotografia e design criaram uma espécie de fotografia animada. São como fotos normais, porém com um pequeno e sutil toque de movimento. Sem mais, eu deixo os proprios gifs falarem por mim:















Esses caras se chamam Jamie Beck e Keving Burg. Eles montaram uma empresa especializada nesse tipo de fotografia, a Cinemagraph™ . Se você quiser ver mais coisas (não sei o que porque eu não resisti e coloquei quase tudo aqui) é só entrar no site viciante deles.



Postei ouvindo:


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pra sair do sofá

Todo mundo tem algum infeliz na sua timeline que sempre posta imagens de cachorros mutilados, crianças doentes entre outras mazelas pedindo que você curta ou compartilhe aquilo, achando que isso representa qualquer tipo de ativismo. É o famoso ativismo de sofá : você salvando o mundo com um clique. Só que não.

Como sabemos, compartilhar ou curtir uma imagem de uma pessoa passando por alguma dificuldade não vai salvá-la. É claro que tornar algo visto e reconhecido muda um pouco esse cenário, mas se você quer mesmo fazer a diferença, não vai ser pelas redes sociais que a sua causa vai ser atendida. A divulgação é só um primeiro para passo para a mobilização.

Foi explorando esse conceito que as Forças Armadas da Suécia lançou a sua mais nova campanha: Who Cares? A ação é a seguinte: uma pessoa é confinada em uma caixa no centro de Estocolmo. Suas imagens são exibidas em rede e em outdoors digitais, para que todos vejam, mas sem ter o que fazer. Ao fim das imagens, a campanha convida o público a salvar o confinado simplesmente trocando de lugar com ele.

Vai aí o vídeo da campanha para explicar isso um pouco melhor.




Pois é, nem só de loiras peitudas e neve vive a Suécia. Tem também boa publicidade e gente que se importa. E você, trocaria de lugar com um desconhecido em troca da sua liberdade?

Postei ouvindo Alive de Hustle Roses.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Bird Lamp

Lâmpadas com inspirações em pássaros, feitas pela Fajnodesign. Lindo, não?





Postei ouvindo:



segunda-feira, 7 de maio de 2012

Herbert Loureiro

O Hebert é um jornalista e co-fundador do estúdio de design Alba, onde atua como designer gráfico. Porém seu ponto forte são suas ilustrações, que dispensam comentários. Quem quiser conhecer mais um pouquinho sobre o trabalho dele, clica aqui.


Postei ouvindo:

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Curtas independentes - UFMG

Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os alunos de Comunicação Social estão tendo cada vez mais a abertura de criar e desenvolver curtas para diversas disciplinas, colocando assim em prática todo o seu potencial criativo! Segue, nesse post, alguns curtas produzidos por eles em 2011/2012!